Em Brasília, lideranças nacionais ressaltam a importância do Projeto Maria Terra para Mato Grosso
Em Brasília, lideranças nacionais ressaltam a importância do Projeto Maria Terra para Mato Grosso
Iniciativa do IFMT, em parceria com a Conab e apoio da FUNADIF, beneficia mulheres da agricultura familiar e ganha reconhecimento nacional
Durante a solenidade de comemoração aos 35 anos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), realizada nesta terça-feira (15) em Brasília-DF, o projeto Maria Terra, do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), em parceria com a Conab e apoio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Instituto Federal de Mato Grosso (FUNADIF) ganhou destaque entre as autoridades presentes.
A coordenadora geral do projeto Maria Terra, Eloísa Azeredo esteve no evento, que contou com a participação do presidente da Conab, Edegar Pretto, da diretora da companhia, Rosa Neide, e do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira.
Na ocasião, o presidente da Conab, Edegar Pretto fez uma avaliação positiva da parceria entre a Conab, o IFMT e a FUNADIF, destacando o projeto Maria Terra no desenvolvimento da agricultura familiar em Mato Grosso.
Já a diretora Rosa Neide, por meio de vídeo, ressaltou a importância da iniciativa, especialmente no apoio e fortalecimento de mais de 500 mulheres agricultoras do estado.
Confira o vídeo na íntegra:
Um projeto em expansão
Lançado oficialmente em junho de 2024, o projeto Maria Terra já vem sendo executado há mais de um ano. Em seu primeiro ano, o projeto beneficiou diretamente cerca de 500 mulheres da agricultura familiar. Atualmente, são atendidos 27 coletivos liderados por mulheres em diversos municípios de Mato Grosso. As ações são voltadas à capacitação e ao acompanhamento, com foco em facilitar o acesso dessas mulheres a programas de compras públicas, em especial ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
As ações do Projeto Maria Terra já apresentam resultados concretos. Na última chamada pública do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), foram submetidas 18 propostas por associações e cooperativas diretamente atendidas pelo projeto. Além disso, outras 10 propostas de associações que não são acompanhadas diretamente, mas receberam orientação da equipe, também foram submetidas. Juntas, as propostas somam mais de R$ 8 milhões.
Acesso a políticas públicas
A coordenadora geral do projeto, Eloísa Azeredo, detalhou como a equipe alcançou tais resultados. Segundo ela, o apoio oferecido permitiu orientar as participantes na realização dos cadastros de Agricultura Familiar (CAF), além de estimular a formalização de coletivos que ainda não estavam regularizados.
“Quando começamos, apenas 50 mulheres possuíam o CAF. Hoje, esse número já chega a 317 agricultoras cadastradas, um crescimento de mais de 300%”, destaca.
Segundo ela, o registro é essencial para acessar políticas públicas como o PAA, o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e outras iniciativas de apoio à produção rural.
“Fizemos mutirões de orientação, ajudamos nos cadastros e também na formalização das associações. Muitas dessas mulheres estavam desmotivadas, desarticuladas, enfrentando dificuldades como a pressão econômica, a escassez de água e as queimadas sazonais. O Maria Terra veio para somar, para reacender o desejo de produzir, de fazer parte de algo maior”, relata Eloísa.
Dos 27 coletivos acompanhados, nove não estavam formalizados no início do projeto. Hoje, apenas três ainda estão em processo de regularização, o que representa outro avanço importante rumo à autonomia e organização das agricultoras.
Outro pilar essencial do Maria Terra é a educação. Desde seu início, o projeto já promoveu cursos e oficinas voltadas para o entendimento e participação em compras públicas, capacitando diretamente as mulheres para lidar com editais, documentos, logística e comercialização. Ao todo, foram emitidos mais de 500 certificados pelo IFMT.
Alexia Oliveira
Assessoria de Comunicação FUNADIF
Contato: comunicacao@funadif.org.br