Coordenadores do projeto Solo Vivo participam de capacitação sobre análise de solos em Jataí (GO)
Coordenadores do projeto Solo Vivo participam de capacitação sobre análise de solos em Jataí (GO)
Os coordenadores de laboratórios do projeto Solo Vivo, Franciele Valadão, Fernando da Silva e Paulo Cesar Vila Nova, participaram de uma capacitação na Universidade Federal de Jataí (UFJ), em Goiás. Durante uma semana, eles aprimoraram técnicas de análise de solos para garantir mais precisão nos laudos técnicos que serão emitidos pelo projeto.
Atualmente, nos laboratórios em que os coordenadores atuam no Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), são realizadas análises de cunho didático, com cerca de 20 amostras semanais. Com o projeto Solo Vivo, esse volume aumentará significativamente, tornando essencial o aprimoramento das técnicas para atender às novas necessidades.
Os coordenadores destacaram que aprender com um técnico profissional indicado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com vasta experiência tanto em laboratórios didáticos quanto comerciais, agregou conhecimento valioso sobre como otimizar a produtividade da quantidade de análises realizadas.
Franciele Valadão ressaltou que o treinamento trouxe soluções para aumentar a eficiência dos laboratórios.
"Aqui no laboratório de Campo Novo do Parecis, já temos uma rotina estabelecida, mas a capacidade para análises é muito pequena. Lá, tivemos instruções sobre como aumentar esse a rotina, o que será necessário para a demanda do projeto e também para o futuro do IFMT", explicou.
Segundo Franciele, o plano de trabalho do projeto Solo Vivo prevê as análises de macro e micronutrientes. No entanto, as análises de enxofre e boro exigiam atenção, e a capacitação permitiu a padronização dessas técnicas conforme os protocolos da Embrapa, garantindo maior confiabilidade aos laudos técnicos.
Fernando da Silva definiu a capacitação como uma reciclagem de conhecimento.
"Foi muito importante para melhorar as técnicas e captar detalhes que nos fazem evitar processos desnecessários. Trabalhei com análises de solo em 2008, e para mim, foi uma oportunidade de relembrar e atualizar conhecimentos, pois muitas metodologias mudaram ao longo do tempo", comentou.
Os conhecimentos adquiridos serão aplicados nos três laboratórios que o projeto irá estruturar, localizados nos campi São Vicente, Campo Novo do Parecis e Juína, do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT). Para o coordenador Paulo César, a capacitação foi essencial para padronizar as metodologias entre os laboratórios.
"A primeira coisa que precisa estar bem estabelecida é o método. Agora, sinto que isso está bem adaptado à nossa realidade e teremos condições de lidar com as mais diversas amostras", afirmou.
Nesses laboratórios, serão analisadas amostras coletadas em assentamentos, beneficiando mais de 696 famílias em diversos municípios de Mato Grosso.
Além do aprimoramento técnico, os coordenadores também receberam orientação sobre os equipamentos realmente necessários para a realidade das rotinas dos laboratórios. Esses equipamentos serão adquiridos pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Instituto Federal de Mato Grosso (FUNADIF).
Com essa orientação, foi possível evitar gastos desnecessários e direcionar os recursos do projeto para itens realmente essenciais. Ao todo, os três laboratórios estão sendo estruturados com investimentos que somam aproximadamente R$ 2,5 milhões.
Importância do projeto Solo Vivo
O Projeto Solo Vivo é uma iniciativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), executada pelo IFMT com apoio da FUNADIF. Seu objetivo é mapear, diagnosticar e sistematizar dados sobre a fertilidade dos solos em assentamentos de Mato Grosso.
Para isso, 10 equipes formadas por estudantes e servidores do IFMT realizarão a coleta de amostras em diferentes regiões do estado. As amostras serão enviadas para os laboratórios, onde passarão por análise detalhada, para que posteriormente seja emitido um laudo técnico sobre o solo do assentamento.
Com base nos laudos técnicos, os assentados poderão compreender as condições do solo para tomar decisões mais estratégicas sobre o uso e manejo do solo em suas propriedades, fortalecendo o desenvolvimento socioeconômico das comunidades atendidas.
Conheça o projeto Solo Vivo:
Alexia Oliveira
Assessoria de Imprensa FUNADIF
Contato: comunicacao@funadif.org.br