Confira o primeiro Boletim Bimestral do Projeto Maria Terra em 2025
Confira o primeiro Boletim Bimestral do Projeto Maria Terra em 2025
O Boletim Bimestral do Projeto Maria Terra já está disponível, trazendo as principais atualizações sobre as atividades realizadas entre janeiro e fevereiro de 2025.
Para abrir o ano, a coordenadora geral do projeto, Eloisa Azeredo, compartilha um artigo especial sobre o andamento das ações e as conquistas mais importantes do último ano.
Leia o artigo na íntegra:
Iniciamos o primeiro boletim de 2025 trazendo um pouco da nossa história e algumas de tantas conquistas até o momento. O Projeto Maria Terra iniciou com uma parceria da Companhia Nacional de Abastecimento - CONAB e o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia - IFMT, por meio de sua Pró-reitoria de Extensão - PROEX, para que juntos construíssemos uma proposta de fortalecimento da agricultura familiar, que tivesse um olhar carinhoso para as mulheres camponesas do estado de Mato Grosso.
A CONAB, que está desde 2023 vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, buscava com esta parceria com o IFMT, capacitar, estimular e fortalecer as lideranças femininas no campo, para que assim, conseguissem ter um melhor acesso ao programas de compras públicas do governo federal, mas principalmente, um melhor acesso ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
Com o apoio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso – FUNADIF, o IFMT lança oficialmente em junho de 2024, o Projeto Maria Terra que acompanha atualmente 27 coletivos, através de ações de pesquisa, capacitação, organização e acompanhamento de mulheres camponesas, agricultoras e provenientes de comunidades tradicionais quilombolas, que se encontram em situação de vulnerabilidade econômica e social.
Dessa maneira, o projeto sempre almejou estimular em suas integrantes a autonomia produtiva, a emancipação social, por meio de um melhor acesso ao PAA, bem como também, fomentar a geração de renda, o escoamento produtivo e uma melhor segurança alimentar e nutricional para suas famílias e comunidades.
Dada uma breve explicação quanto ao surgimento do projeto, é importante salientar que neste quase, um ano de caminhada, pode-se dizer que o Maria Terra muito tem impactado na vida destas pessoas.
Para alcançarmos os objetivos propostos, podemos citar que durante nossa caminhada até o momento, conseguimos fomentar, auxiliar e orientar as mulheres participantes, à realização dos cadastros de Agricultura Familiar CAFs, além de estimular e orientar quanto a formalização daquelas associações que ainda não estavam regularizadas. Com isso, diversas mulheres se viram mais fortalecidas e mais motivadas e produzirem e comercializarem seus alimentos.
Muitas encontravam-se desmotivadas, desarticuladas. Constatamos que fatores como a pressão econômica, a falta de água e as extensas queimadas sazonais no estado foram, no decorrer dos últimos anos, contribuindo para essa desmotivação e desarticulação da pequena produtora rural e assim, de toda sua família.
Podemos citar que, inicialmente, acompanhamos cerca de 500 mulheres, e destas, apenas 50 possuíam CAF. Hoje já somos 286 mulheres com o cadastro de agricultura familiar realizado. Com esse cadastro, as agricultoras podem, não somente participar dos editais do PAA, como também de inúmeros programas do governo destinados à agricultura familiar. Sabemos que este número ainda está longe do que queremos, mas é um crescimento de mais de 300% de mulheres cadastradas.
Outro dado também importante é o de constituição/regularização de Associações. Inicialmente, dos 27 coletivos, 09 não possuíam regularização e hoje, faltam apenas 03 que já se encontram em processo de reconhecimento. Além disso, o projeto proporcionou à sociedade diversos cursos preparatórios, voltados para compras públicas, gerando até o momento mais de 500 certificados emitidos pelo IFMT. Por fim, não podemos deixar de mencionar o nosso incentivo à participação das mulheres em feiras locais e regionais e a presença delas nos encontros e discussões voltados para seus direitos, para a agroecologia e agricultura familiar onde o Maria Terra sempre participa ativamente.
Neste mês de março estamos em processo de participação da nossa primeira chamada para o PAA na modalidade Compra com Doação Simultânea da CONAB e estamos muito felizes com a participação em peso das integrantes do Maria Terra nesta seleção.
Diante do nosso resultado apresentado perante ao que foi proposto, torcemos para que todos nossos projetos sejam selecionados e que, para o final de 2025, tenhamos ainda mais mulheres integrando o Projeto e muito mais vitórias para compartilhar com todos vocês.
Eloisa Azeredo - Coordenadora Geral do projeto Maria Terra: Doutora em Relações de Trabalho, Desigualdades Sociais e Sindicalismo - Sociologia, pela Universidade de Coimbra - Portugal, mestre em Educação pela Universidade Federal do Mato Grosso-UFMT(2013), possui especialização em Psicopedagogia pela UCB-RJ(2007) e graduação em Pedagogia-Orientação Educacional pela Universidade Luterana do Brasil-ULBRA (2006). Atualmente é professora do Ensino Médio, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Mato Grosso - IFMT e Coordenadora do Projeto Maria Terra (parceria entre IFMT e CONAB), que realiza atividades de extensão rural à coletivos de mulheres em situação de vulnerabilidade social, que vivem no campo e em comunidades tradicionais do Estado.Tem experiência nas áreas de Trabalho e Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: Relações de Trabalho; Desigualdades Sociais; Saberes do Trabalho Associado; Economia Solidária; Juventude e Ensino Profissionalizante.
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Alexia Oliveira
Assessoria de Imprensa FUNADIF
Contato: comunicacao@funadif.org.br